quinta-feira, 28 de junho de 2018

É POSSÍVEL ARMAZENAR AMOR.


Eu sou o filho caçula dentre cinco irmãos e quando eu nasci meu pai contava com 56 anos de idade e minha mãe 45. 

Meu pai teve que batalhar muito na vida, desde que foi abandonado sozinho em casa pela própria mãe, quando tinha apenas oito anos de idade.

Com certeza, no futuro, falarei mais sobre a vida dele. Agora eu quero falar sobre um gesto magnífico do meu velho.

Com 35 anos, meu pai casou com a minha mãe.
No início eles não tiveram uma vida nada fácil, mas posso garantir que permaneceram unidos.

Em um dia dos namorados, quando eu ainda não havia nascido, meu pai resolveu presentear minha mãe, apesar de não ter dinheiro algum para comprar um presente.

Assim, no caminho para casa, meu pai encontrou uma linda borboleta, embrulhou num papel e presenteou minha mãe. 

Ele simplesmente não embrulhou uma borboleta, ele embrulhou amor.

Até hoje, muito mais de trinta anos depois, minha mãe ainda guarda a borboleta que recebeu como presente. 
Ela "armazena amor" em um pote de vidro que tem a tampa laranjada.

Mesmo após ter recebido diversos outros presentes, inclusive presentes caros, esse é o presente mais valioso para minha mãe. 

Não preciso dizer que nunca me foi permitido tocar na borboleta e é compreensível o motivo, logo, quem diz que o amor não é palpável tem total razão.

É importante notar que meu pai não deixou passar a oportunidade de demonstrar seu amor pela minha mãe. 

Ele sabia que não poderia perder tempo e que tinha uma mulher com a incrível habilidade de armazenar e valorizar o amor.

Trilha sonora da leitura:

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